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23 setembro 2009

... time ...


Se há coisa nesta vida que se perde e jamais a podemos recuperar é o tempo.
Não o tempo de como eram as coisas ou o tempo das modas por vir. Falo desse tempo feito de horas e minutos. Falo desse tempo feito, para nós, minha amada, desse tempo feito a dois compassos: Um quando estamos juntas e o outro quando o meu olhar procura reminiscências do teu.

Falo do tempo que embora único e igual, sentimos feito de dois pesos e um relógio: Um acelerado que nos rouba a medida de podermos contemplar-nos, tocar-nos e falarmos com todos os sentidos e o outro que nos atrasa o momento de podermos novamente estar pele na pele, lábio a lábio, palavra a palavra.
Dói este estar e não estar, cada despedida é ou o suster – no teu caso – ou o desatino – no meu – do coração em ambos os casos arrepiado de emoção, do coração que não reconhece a responsabilidade das coisas mundanas.

Aí amada, como eu gostaria de poder parar o tempo, o mundo ou de encontrar a porta para um qualquer universo paralelo feito apenas de mim, de ti e da nossa imaginação. Um universo sem limites de horas ou dias, sem condições de espírito ou matéria.
Sublime amada, a questão é de que quando não estamos juntas vivo a dois tempos. Ora no tempo que já partilhei contigo ora no tempo em que voltarei a respirar junto á tua boca.

O meu presente? Onde fica?
O presente esse é feito do repassar das imagens que ficam, das conversas que nos fazem crescer, do saborear dos cheiros que destemidamente deixas nos meus lençóis, do reevocar dos gemidos que desabafas ao meu toque.
Presente feito do deslumbre do tudo o que há-de vir, dos desejos que vamos concretizar, da vida que hei-mos de construir…

Hora a hora,
Dia a dia,
Enquanto esta vida não nos deixar.



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