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07 setembro 2008

... honesty ... or cards on the table.




Se lhe perguntassem qual a causa nº 1 para o rompimento das relações amorosas a sua resposta, seria, sem hesitação: Honestidade, ou pelo menos, a falta dela.
Mais importante ainda, a falta de honestidade para connosco. Para nós em primeiro lugar.

Para Druiel, essa era a verdadeira causa de tantos dissabores, infortúnios e de todas as feridas de cada relação terminada. Por vezes tratou-se de falta de honestidade para consigo própria, no entanto, o mais violento foi quando a honestidade faltou na essência do objecto do seu amor.

Analisar para não voltar a errar. Era este um dos seus passatempos. Encontrar conclusões, regras que evitassem a repetição de determinadas situações. Uma delas, apenas verbalizar sentimentos quando estes estivessem alinhados em honestidade mútua. De certo isto pouparia muitos dissabores.
Às portas de uma nova relação é apenas natural que uma pessoa explore os seus sonhos, desejos e expectativas. Porém, só os devemos de verbalizar quando estes estão em sintonia com a nossa honestidade, com aquilo que verdadeiramente somos e queremos.
Ahh que bonito! De facto também é lógica. Mas quanta razão tem a paixão?
Tudo se desmorona à mercê dessa paixão, desse fogo irracional, toda a lógica e razão também.


Honestidade?
A minha honestidade?
É uma porra mas ainda te amo.

Sejamos honestas,
Desejo-te toda a felicidade que estejas disposta a ter,
Mas estou farta de te ter no pensamento.
Farta de te equacionar, de saber que não és a pessoa
Que me merece, não para mim.
Farta de te dizer adeus, desta ou daquela forma
E na manhã seguinte, raios, lá estás tu outra vez.

Honestidade?
Sei que farás sempre parte do meu coração.
Vós fostes o amor… O Amor…
A tatuagem.
Mas quero o meu coração de volta.
Sem rancores, nem ódios.
Sem feridas … apenas desejo seguir em frente.

Honestidade?
Desde 25 de Abril de 2006 que todos os dias penso em ti.
Há 3,805 dias que navegas no meu pensamento.
3,805 dias... Há demasiado tempo.


O facto de que não havia ainda um dia em que Druiel não pensasse em Darbia consumia-a. Depois de toda a terapia, do perdão, do choro e da mágoa, causava-lhe – acima de tudo – preocupação ao perceber que Darbia ainda permanecia de uma forma latente dentro de si. Era como se fosse uma parte de si que não conseguisse arrancar.
Honestidade?
Druiel sabia porque não conseguia arrancar Darbia do seu coração.
Para esquecer há que esquecer o mau, sim, mas isso é fácil. O difícil era esquecer o bom. E houve realmente coisas boas, muito boas. Claro que a vontade de as esquecer era naturalmente pouca.

Druiel não se encontrava pronta para amar. Não seria justo envolver-se com outra pessoa enquanto não resolvesse dentro de si a situação “Darbia”. De resto Druiel encontrava-se apaixonada pelo seu projecto profissional, a sua empresa recém criada. Algo que a consumia praticamente todo o dia e parte da noite. De forma alguma havia espaço para uma paixão. Apaixonar-se seria algo completamente inapropriado.

- Não tenho nada para dar.
Afirmava para si própria e o não poder dar numa relação parecia-lhe uma equação fácil de resolver: Se não podes dar, logo não há relação.

E esta era toda a honestidade que lhe percorria o pensamento.

25 abril 2008

... the beginning of the end ...



As datas têm esse condão. O de se tornarem em mais do datas, o de se transformarem em simbolismos, bandeiras de acções, vontades e emoções. Pequenos portais do tempo que nos levam ao passado daquele lugar, daquele momento.
Dois emocionalmente ligada a ti. Um ano peculiar mas deveras gostoso e incrivelmente intenso. Um ano de transição, de morte, degelo, de recuperação, de renascimento.
Dois anos. Parece muito tempo agora. Há-de chegar o dia em que não parecerá assim tanto tempo. De resto, que interesse tem analisar o tempo? Creio ser mais enriquecedor e “reassuring” ver o filme em retrospectiva, o thrailer do que aconteceu, o Director´s Cut cru e nu, imparcial, a minha verdade e a tua, o nosso momento.

)0( Ava )0( diz:
è feriado, mas tou a trabalhar… é o que dá trabalhar para os ingleses.
e tu vais até à praia.
« Darbia » diz:
não, também tou a trabalhar.

Tudo o que se seguiu depois disto foi a viagem emocional mais estonteante da minha vida…

De há uma semana a este dia – esta data – alguém, Deus ou Deusa, o universo têm-me provocado com regressos ao passado, ao nosso passado onde o meu e eu teu coexistem.
Consigo voltar inculme desses regressos. Mesmo que por segundos me sinta paralisada na memória de nós, mesmo assim sigo descontraída o meu novo caminho. Contudo, um desses regressos marcou-me de forma diferente. Foi de alguma forma sureal ou talvez e simplesmente inesperado.

Há mais de 2 meses que o percurso para a empresa é até certo ponto o mesmo percurso para a tua área da cidade. Todos os dias passo de carro a metros da tua casa, à porta do teu emprego. Nunca senti nenhum impacto, nem mesmo vontade de me desviar uns metros e ver a tua janela, nem sinto ansiedade com a possibilidade real de um dia o teu carro parar ao lado do meu.

Foi preciso fazer o percurso à noite – sempre o desatino da noite – para viajar ao passado daquela estrada, porque razão a percorria, aquela hora, naquela direcção.
Tal como certas músicas têm o poder de nos fazer voltar a certas situações do passado, tal como certos aromas têm a capacidade para implantar imagens na nossa mente, também aquela noite levou-me de novo até ti.
Uma parte da estrada, o transito nocturno, as luzes amarelas dos candeeiros, a hora em questão e por momentos vivi novamente aquelas noites que não eram minhas, eram nossas, eram as tuas vontades no momento do teu imprevisível desejo.
Quando percebi que não iria para a tua casa, que não iria ver o teu sorriso ou afogar-me nas piscinas dos teus olhos, foi como se tivesse batido contra um muro de silêncio. Tudo desapareceu. Os semáforos, os táxis, os radares, tudo se calou. A música, o mundo e até mesmo dentro de mim tudo se calou.
Minutos depois tudo voltou ao normal.

Sei bem que vou voltar a apaixonar-me, voltar a amar. Sei e desejo. Provavelmente até vou amar alguém mais do que te amei. Tudo é possível porque estou disposta a isso, mas não nos iludíamos, serás sempre alguém de quem gostarei muito.