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25 abril 2008

... the beginning of the end ...



As datas têm esse condão. O de se tornarem em mais do datas, o de se transformarem em simbolismos, bandeiras de acções, vontades e emoções. Pequenos portais do tempo que nos levam ao passado daquele lugar, daquele momento.
Dois emocionalmente ligada a ti. Um ano peculiar mas deveras gostoso e incrivelmente intenso. Um ano de transição, de morte, degelo, de recuperação, de renascimento.
Dois anos. Parece muito tempo agora. Há-de chegar o dia em que não parecerá assim tanto tempo. De resto, que interesse tem analisar o tempo? Creio ser mais enriquecedor e “reassuring” ver o filme em retrospectiva, o thrailer do que aconteceu, o Director´s Cut cru e nu, imparcial, a minha verdade e a tua, o nosso momento.

)0( Ava )0( diz:
è feriado, mas tou a trabalhar… é o que dá trabalhar para os ingleses.
e tu vais até à praia.
« Darbia » diz:
não, também tou a trabalhar.

Tudo o que se seguiu depois disto foi a viagem emocional mais estonteante da minha vida…

De há uma semana a este dia – esta data – alguém, Deus ou Deusa, o universo têm-me provocado com regressos ao passado, ao nosso passado onde o meu e eu teu coexistem.
Consigo voltar inculme desses regressos. Mesmo que por segundos me sinta paralisada na memória de nós, mesmo assim sigo descontraída o meu novo caminho. Contudo, um desses regressos marcou-me de forma diferente. Foi de alguma forma sureal ou talvez e simplesmente inesperado.

Há mais de 2 meses que o percurso para a empresa é até certo ponto o mesmo percurso para a tua área da cidade. Todos os dias passo de carro a metros da tua casa, à porta do teu emprego. Nunca senti nenhum impacto, nem mesmo vontade de me desviar uns metros e ver a tua janela, nem sinto ansiedade com a possibilidade real de um dia o teu carro parar ao lado do meu.

Foi preciso fazer o percurso à noite – sempre o desatino da noite – para viajar ao passado daquela estrada, porque razão a percorria, aquela hora, naquela direcção.
Tal como certas músicas têm o poder de nos fazer voltar a certas situações do passado, tal como certos aromas têm a capacidade para implantar imagens na nossa mente, também aquela noite levou-me de novo até ti.
Uma parte da estrada, o transito nocturno, as luzes amarelas dos candeeiros, a hora em questão e por momentos vivi novamente aquelas noites que não eram minhas, eram nossas, eram as tuas vontades no momento do teu imprevisível desejo.
Quando percebi que não iria para a tua casa, que não iria ver o teu sorriso ou afogar-me nas piscinas dos teus olhos, foi como se tivesse batido contra um muro de silêncio. Tudo desapareceu. Os semáforos, os táxis, os radares, tudo se calou. A música, o mundo e até mesmo dentro de mim tudo se calou.
Minutos depois tudo voltou ao normal.

Sei bem que vou voltar a apaixonar-me, voltar a amar. Sei e desejo. Provavelmente até vou amar alguém mais do que te amei. Tudo é possível porque estou disposta a isso, mas não nos iludíamos, serás sempre alguém de quem gostarei muito.

5 making sense:

fiel.jardineira disse...

"uma criança pode sempre ensinar três coisas a um adulto: a ficar contente sem motivo, a estar sempre ocupado com alguma coisa, e a saber exigir com toda a força aquilo que deseja" (Paulo Coelho)

Sejamos crianças!! Bjo grande :)

fiel.jardineira disse...

OBRIGADA!!!

Helena disse...

E a menina, já disse, não tem nada que agradecer!!
Beijinhoss

Su disse...

cheguei aqui atraves da memory


gostei de ler.te

jocas maradas

LetMeGo disse...

De vez em quando leio posts que poderiam, pelo menos em parte, ter sido escritos por mim. Este é um deles.
Há sítios e datas que, combinados, nos trazem de volta uma vida que já não é nossa. E como não voltará a ser, esmagam-nos com essa evidência. And it sucks...

A parte boa é que este sentimento desesperante vai sendo cada vez mais raro. E olhe, é mesmo como diz o Jorge Palma - "(...)parece que agora vou seguir sem ti, subir e descer, correr na lama e voar outra vez (...)".
:-)