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15 setembro 2009

... vanish ...



Não sei quem escolheu quem.
Se é que alguma vez nos foi dada essa opção.

Não sei se nos escolhemos mutuamente – ao mesmo tempo – ou se isso foi de facto possível.
Não sei se uma de nós escolheu primeiro e se assim foi, também não sei se essa escolha terá sido depois de sabermos os nossos nomes ou moradas. Ou, se por outro lado terá sido muito antes de sabermos a cor dos olhos da outra e o som do sorriso.

Não sei se já estávamos destinadas.
Quase sempre – desde de que estou contigo – acredito que nada nos foi dado a escolher. Não nos foi dada a hipótese de dizer que sim e muito menos que não.

Quando estamos juntas o Mundo não pára. Desaparece, simplesmente.
Desaparece a matérias, os sons, os cheiros, cores e texturas que subsistem para além de mim e de ti. Tudo se transforma na tua pele, no calor do teu corpo e a única coisa que importa é ser a nascente do teu rio, ser a alma que te inspira, ser o rastilho do teu crescimento.

Desaparece o Mundo.
Sinto apenas o toque do teu corpo, os teus lábios na minha língua e os meus olhos, que embora olhem para o horizonte, não vêm mais do que os teus igualmente fixados nos meus. Resta apenas esta responsabilidade de vida, a tua, a minha e a nossa de não nos perdermos no êxtase deste reencontro, que temos vindo a fazer ao longo dos séculos.


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