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17 fevereiro 2008

... day ...


Em tempos navegava por rios e oceanos, explorava florestas e clareiras, saltava desta ou daquela montanha, percorria tudo o que fosse possível.
Em tempos carregava esperanças, sonhos, idealizações que erguia tal como um castelo em cada paragem. Nesta ou naquela margem, neste ou naquele porto, aqui ou em qualquer lugar que me tomasse nos braços.

Havia alturas em que soltava as amarras mais confiante e determinada, como quando amarrei os laços das emoções naquela barra. Em outras alturas – felizmente raras – partia com a dúvida se alguma vez voltaria a ser tão feliz como tinha sido até ali, até aquele regaço, aquele olhar em todos aqueles momentos no lugar que deixava.

Não era falta de amor. Não da minha parte.

Entre seguir as estrelas - essas que davam nome a sonhos – e lutar para não se deixar ir no abismo da desilusão, ficou a descoberta de que o amor não é tudo. Não esse amor.
Passaram os anos, repetem-se as luas, maré a maré as ondas marcam o ritmo no casco e trazem este estado de monotonia.


Mais um ano.
Mais um rasgado do calendário, sem história, sem fervor.
Mais um para guardar entre os anos perdidos, sem vida, sem cor.

Mais uma página.
Apenas mais um dia, mais lágrima menos dor.

Um dia, igual aos outros,
Do anoitecer que vem sempre tarde,
Da madrugada que teima em chegar ...

para ainda mais um dia.
Uma merda de dia.

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