È estranho pensar em enamoramento, em amor, em paixão, em corpos suados, telefonemas carinhosos.
Para isso é preciso alguma dose de ingenuidade e essa em mim, morreu. Caiu um véu, rasgou-se um portal para uma outra realidade, onde, a felicidade é sempre tão fugaz.
Amor?
Esgotou-se.
Esgotou-se em mim, aqui e acolá, nas paredes do meu quarto.
Gastei o que sobrou em mim. Gastei a pegar os pedaços das minhas decisões, da minha culpa, dos meus erros, a estruturar o que ficou e o que foi nascendo dentro de mim, gastei a conhecer-me e amar.
Tudo o que tenho feito até aqui - o que tenho pensado, como tenho curado - tem sido sempre a pensar em não repetir os mesmos erros. Tem sido para erguer barreiras, para ter uma percepção por detrás das máscaras e claro, claro … para proteger o meu coração.
Os preliminares são importantes em tudo.
Mas alguns são como armadilhas que nos fazem querer perder o controlo.
É tão estranho pensar neste jogo perigoso, em sorrisos, em perfumes e em conversas que continuam quando as pessoas já se despediram. Este analisar cada atitude, cada reacção, cada olhar, cada toque quando antigamente havia mais ingenuidade para acreditar.
Não sei o que tenho para dar.
Confesso.
Foto de Helena Vasconcelos
5 making sense:
Boas!
Regressaste em força.
Vamos aprendendo com os pontapés que a vida nos dá e/ou que damos nela...
Bjs.
Revejo-me em tantas das tuas palavras.... às vezes senti-me como uma bola de ping pong... de um lado para o outro e vazia por dentro....
beijinho esvoaçante
Aqui vim parar, não sei porquê mas o que escreveste aqui foi como se eu o tivesse escrito... Mas sabes eu quero acreditar que ainda voltaremos a Amar...
Quando chegar a pessoa certa vais perceber, nao que te queres dar, mas que ja te deste...e ai é deixar rolar :) Bjs
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