Tinha-me esquecido de quão bela era a noite.
Quão surpreendente é a sua estrada de incertezas. Sorrisos incandescentes a cada cruzamento. Janelas para portas que não sabemos se queremos abrir.
Agora que reparo nisso, reparo também que não tinha dado por falta.
Como poderei ter-me esquecido de algo que não me quis lembrar? Ou vivê-lo?
Sempre soube.
Ainda que não me tivesse esquecido da sua beleza, já não me recordava do que era vivê-la, mas sempre soube onde encontrar a boémia noite. A noite onde as mulheres têm formas e roupa a condizer, onde as conversas são muito mais do que palavras inspiradas em sonhos ou desejos. Onde a batida inflama os nossos medos até à combustão ou não.
As minhas noites eram o suplício da fuga de quem sofria em silêncio.
Nas minhas noites escondia-me de predadoras incautas, de submissas desesperadas
E do teu olhar.
16 setembro 2008
... bohemian ...
Vein tales of the heart
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 making sense:
a noite pode ser tão bela e pode ser tão maléfica...
A noite... ou simplesmente o mistério...
A noite é mais intensa do que o dia, no que se refere a intensidades. Nela paira sempre um pouco de mistério e de ambiguidade.
Desejo-te excelentes noites (re)descobertas! :)
A noite é uma fantástica confidente...
Vim retribuir a visita na minha nuvem. Deixo um beijinho
É boémia!
Enviar um comentário