Busco em mim as palavras. Outrora sempre fluidas, sempre prontas.
Porem, não existem palavras. Apenas esta brancura, este sentimento de paz.
O sossego. O mundo em silêncio. Em pausa.
Não me deixas num estado tal e tal. Tu és a candura que nunca pensei existir.
Tu és tanta coisa, mas sobretudo este sentimento, que conheço e desconheço.
Este sonho perdido, desacreditado, infame tortura de quem não sabia onde ou como te encontrar e desistiu.
E afinal estivemos sempre tão perto, tão longe.
Cruzamo-nos aqui e ali, mas os meus braços não estavam prontos para o te acolher e guardar. Passei à tua porta, mas os teus olhos não encontrariam os meus, cegos que estavas pelo eclipse de outros. Quantas noites, quantas luas não te amei sem conhecer o teu nome, o teu corpo, a tua cor. Quantas noites à tua espera sem saber quando chegarias. Se chegarias - se quer - e desisti.
Não é um estar nas nuvens. Eu sou a própria nuvem. Branca, recortada contra o céu azul que me envolve. Não é um navegar num oceano. Eu sou a própria onda. Suave e harmoniosa na maré do teu ser, do teu corpo.
Não é um amar.
Nós somos o amor.
2 making sense:
THA VAIKINGUE LOV MUITO nuvens em clara de castelo
Druiel,
o teu blog é um dos que leio regularmente lendo-o há já algum tempo devo dizer que este é o texto mais lindo que aqui já tive oportunidade de ler.
não te conhecendo mas acompanhando a tua arte, fico feliz que tenhas encontrado um amor que te faça escrever assim.
felicidades e não pares
Melodia
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