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19 março 2010

... changes ...



As mudanças são inevitáveis na nossa vida. Implacáveis, implaneáveis.

As mudanças acontecem perante nós. Livres da nossa escolha em termos de conveniência. Elas apenas acontecem e nós só temos que as acompanhar e lidar com a vida que se altera á nossa frente, neste momento, agora.

As mudanças doem. Doem de várias formas. Doem por dentro como uma cobra larga e longa que nos aperta as entranhas, o peito, a alma e quase nos sufoca. Doem por fora, quando o corpo sofre as consequências deste sofrimento intrínseco.

Doem por fora quando os olhos já não aguentam mais lágrimas e estas têm que ficar contidas cá dentro. Aumentando a pressão da dor quase visceral. As pálpebras e a pele em redor não suportam mais esse líquido catártico que corrói e que arrisca a tornar a pele em carne viva. Porque a pele já não aguenta mais esse esfregar, esse exteriorizar do sofrimento na ponta dos dedos. Doem quando as pernas perderam as forças para suportar - não o peso do corpo - o peso da dor que carregamos e quando aos braços apenas restam forças para enfiar as mãos nos bolsos e seguir.

As mudanças doem. Mas são necessárias, trata-se da nossa evolução. Nada em nós evolui sem mudança, sem dor.

As mudanças são boas. Especialmente quando esta ocorre ao lado de alguém que nos ama, alguém a quem amamos de igual forma. As mudanças são especialmente boas quando ocorrem em sintonia com essa pessoa… contigo. E para nós, estas mudanças são verdadeiramente boas, porque ambas convergimos para o mesmo objectivo.

É como se tu e eu fossemos dois galhos de uma mesma árvore. A crescer lado a lado, onde ramos de nós se entrelaçam, aqui e ali, onde crescem livres um do outro, lado a lado, unidos nas suas ramificações, onde as flores desabrocham em harmonia e em sintonia, pois ambas vimos da mesma árvore. Juntas crescemos na mesma direcção, ainda que, cada uma com as suas mudanças, que doem de uma ou de outra forma, por este ou por aquele motivo.

Está e vai doer, a mim, a ti.
Mas abraço esta mudança, porque abraço o nosso futuro e ajo no presente com a firme certeza das fundações que criamos entre nós. Temos o mesmo desejo, o mesmo projecto e só temos que nos lembrar disto para sentir e aliviar esta dor.

Porque, afinal de contas, trata-se apenas de uma mudança e as mudanças não duram sempre.